terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Reflexão sobre o plano de aula

Na proposta da elaboração de um plano de aula, escolhi o tema, que partiu após observação de como os meus alunos consomem “porcarias” na hora do lanche. Senti esta necessidade, a de trabalhar com eles sobre a importância de uma alimentação saudável desde cedo, a fim de possibilitar que sejam adultos mais conscientes sobre uma boa alimentação.E que uma alimentação rica e balanceada, lhes proporcionará saúde e melhor qualidade de vida. Também é preciso que saibam que há alimentos tão preferidos por eles que, se consumido em excesso fazem mal a saúde como: pizza, salgadinhos, refrigerantes, balas, chicletes, bombons, pirulitos, etc. O tema é relevante no presente e para o futuro dos meus alunos, sendo importante que compreendam que devemos ter uma alimentação equilibrada. A atividade planejada, além da linguagem se relaciona com outras áreas do conhecimento, contemplou a leitura, a escrita, a oralidade, a ciências, a matemática, além de ter trabalhado também o lúdico, com o jogo do bingo. As atividades com linguagem escrita foram: leituras e produção de texto; as atividades com linguagem oral foi a comparação e o debate; e nas ciências, reflexão e a conclusão sobre os hábitos de alimentação. Acredito que o tema escolhido poderia desencadear um projeto amplo e interdisciplinar. Para desenvolver um projeto inicialmente teria que traçar os objetivos pretendidos com este. Através de uma rodinha de conversa, discutir em grupo alguns aspectos sobre alimentação, levando-os a refletirem sobre os seus hábitos, e sobre o que gostariam de saber do tema e de como buscariam suas respostas.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Relato sobre minha prática

Participação no Fórum.Ao longo do meu trabalho na educação que está completando 20 anos, a maioria deles trabalhados com a alfabetização de crianças, eu fui modificando minha maneira de alfabetizar, utilizando métodos diferentes, conhecendo o meu aluno, a sua realidade e suas necessidades. Procuro diversificar minha prática, trazendo para minha sala de aula uma diversidade de materiais, com os quais meus alunos já estão familiarizados, através dos seus contatos sociais, como: revistas, jornais, receitas culinárias, rótulos. Gosto também de trabalhar com músicas, poesia, parlendas, jogos, vídeos e outrosTendo que considerar que no meio destes também recebíamos, até poucos anos atrás, alunos que ainda não tinham frequentado a escola, vindos de casa, com dificuldades de usar o lápis, e organizar-se no caderno.As leituras reforçam que a questão da alfabetização é um alvo de preocupação e de debates por parte dos professores/as e pesquisadores/as, como podemos ver na entrevista ,Nada é mais gratificante do que alfabetizar (Entrevista com Magda Soares)
Letra A – O jornal do Alfabetizador. Belo Horizonte, abril/maio 2005, ano 1, n.1.

A alfabetização restringe sua atuação à transmissão de informações, o domínio da tecnologia do saber ler e escrever, de distinguir os códigos da leitura e da escrita na sociedade. Já o letramento, possui um conceito mais abrangente, indo além desta alfabetização de mera decodificação. Além deste domínio da leitura e da escrita, a apropriação e aplicação desses domínios nas práticas sociais. Para a sociedade não basta saber ler e escrever, é preciso também saber se comunicar com o mundo. E no que diz respeito ao ambiente escolar, esta é a nossa responsabilidade.Nada é mais gratificante do que alfabetizar (Entrevista com Magda Soares)
Letra A – O jornal do Alfabetizador. Belo Horizonte, abril/maio 2005, ano 1, n.1.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Educação de surdos no meu município

No município de Sapiranga, a Escola Luterana São Mateus oferece educação regular do ensino fundamental para alunos surdos e ouvintes.
Na Educação Infantil tem Maternal, Jardim A e Jardim B. No Ensino Fundamental oferecem desde a 1ª até a 8ª série. No Ensino Especial, alunos surdos têm oportunidade de receber educação, através de uma política educaional bilíngüe (Português e Libras = Língua Brasileira de Sinais).
A filosofia da Escola tem como propósito fazer com que a essência humana cresça em educação e na integração de pessoas diferentes, respeitando suas diferenças, seus credos, seu nível social e econômico, idealizando um mesmo objetivo de plenitude e de realização pessoal.
A educação de surdos é muito importante para a Escola São Mateus, bem como para a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos). O termo 'deficientes auditivos' é um conceito ultrapassado e seu sentido discrimina e marginaliza a pessoa surda. O termo SURDOS, segundo a escola e visto com visão de pessoas integrais, individuais, cidadãs, com sua própria visão de mundo, com direitos e deveres. Fala em educação bilíngüe; em professores surdos para alunos surdos; em intérpretes da Libras (Língua Brasileira de Sinais), em FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos); em NUPPES (Núcleo de Pesquisa em Políticas Educacionais para Surdos), na UFRGS; em surdos brasileiros.

EDUCAÇÃO DE SURDOS

Com base na leitura do texto da unidade 3 e no texto de Harlan Lane, busquei um entendimento sobre as questões das escolas de surdos que utilizam um ensino estruturado por ouvintes, não respeitando a cultura, língua e identidade das pessoas surdas, e quais as possibilidades de uma mudança nas propostas de ensino dessas escolas.
Desde aproximadamente 500 anos atrás, constituem-se métodos de ensino para surdos, a educação através da Língua de Sinais, do Oralismo, e do Bimodalismo. Porém, essas propostas de ensino não ocorreram todas simultaneamente, cada uma ocorreu em diferentes períodos da história dos surdos.
O oralismo ganhou forças no século XIX, em que foi imposto ao povo surdo devido à evolução tecnológica que facilitava a prática da oralização.
Na década de anos 60, foi proposto o uso simultâneo da língua dos sinais associada com a oralização, surgindo o modelo misto denominado de Comunicação Total havendo um início de reconhecimento e valorização da Língua de Sinais, a qual foi muito oprimida e marginalizada por mais de 100 anos. Essa prática do uso da comunicação total recebeu também o nome de “bimodalismo” encorajando o uso inadequado da Língua de Sinais, já que a mesma tem gramática diferente das línguas orais.
Quando o professor ouvinte sabe Língua de Sinais, pode comunicar-se de maneira satisfatória com seu aluno surdo. Porém, quando o professor também é surdo, além da mesma comunicação, ambos possuem identidade surda, o que contribui para uma harmonia ainda melhor entre professor-aluno. O professor surdo, além de um líder para o aluno surdo, representa uma perspectiva para o seu próprio futuro. Por essa razão, muitos educadores hoje defendem a educação bilíngüe e a importância de que as crianças surdas iniciem sua escolarização junto a outros colegas surdos e com professores que saibam a língua de sinais, preferencialmente surdos, pois além de usuários naturais da língua de sinais, eles são referenciais significativos para a constituição de identidades que se reconheçam como diferentes não como deficientes e inferiores aos ouvintes.
A partir da leitura dos textos percebe-se que os avanços aconteceram no que diz respeito e educação de surdos. Porém, se pensarmos, veremos que, mesmo após os redimensionamentos provocados pelas lutas surdas, o baixo índice de participação dos surdos no ensino médio e menor ainda no ensino superior, assim como o baixo nível salarial de muitos surdos, dentre outras conseqüências, comprova-se que essa educação ainda necessita de mudanças. É importante ouvir o desejo dos surdos, e que as escolas respeitem a língua e a cultura surda e os preparem para o mercado de trabalho e como sujeitos autônomos para a convivência no meio social.
Referências:
LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.
PERLIN, Gládis; STROBEL, Karin. Fundamentos da Educação de Surdos. 2008. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - Curso de Letras - LIBRAS à distância).
http://www.saomateus.g12.br/escola.htm

PEDAGOGIA DE PROJETOS

Percebo como aspecto positivo do trabalho por Projetos o fato de que o aluno percorre o caminho da informação para o conhecimento, tendo a liberdade de escolha sobre o que querem estudar, com temas definidos a partir do seu interesse e da sua curiosidade, um aprendizado que tem sentido para ele. Os alunos tornam-se investigativos, confrontando, as informações que recebem, questionando, comparando os dados e tirando suas conclusões.
O aluno desenvolve a sua capacidade de análise, assim como a sua autonomia.
O professor deixam de ser portador do conhecimento, e desempenha o papel de mediador e orientador, promovendo a construção de novos conhecimentos.
O Trabalho com Projetos requer uma postura investigativa, tanto do aluno como dos professores. Além de um Planejamento constante, a reflexão sobre as ações, e a busca pelas informações compartilhadas.
Acredito que a Pedagogia de Projetos pode ser utilizada em diferentes níveis de escolaridade, conforme citado no texto, “A perspectiva de globalização que se adota na escola, e que se reflete nos Projetos de trabalho, trata de ensinar o aluno a aprender, a encontrar o nexo, a estrutura, o problema que vincula a informação e que permite aprender. O tema escolhido para desenvolver o Projeto até pode ser o mesmo, porém o desenvolvimento vai acontecer de forma diferente, pois a Educação Infantil e os Anos Iniciais, são grupos de alunos com faixas etárias diferentes, com experiências e conhecimentos adquiridos anteriormente. Sendo assim o professor vai orientar o projeto pensando então nos objetivos finais para cada grupo.


Referências bibliográficas:

HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. In: _____. A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª edição.