sábado, 11 de julho de 2009

ADORNO E KANT

Para a educação, a exigência que Auschwitz não se repita é primordial.
Adorno considera “que o mais importante para enfrentar o perigo de que tudo se repita é contrapor-se ao poder cego de todos os coletivos, fortalecendo a resistência frente aos mesmos por meio de esclarecimentos do problema da coletivização” (1995,p.127). Por isso se faz necessário o esclarecimento das pessoas de que quando fazem alguma coisa vinculada ao coletivo, devem se questionar antes refletindo sobre o que seria o fim de suas ações. Enfim, esclarecer as pessoas com relação aos costumes que são seguidos e não refletidos, como por exemplo, os trotes com ritos de iniciação à escola. Em cada situação que a consciência é mutilada, isto se reflete sobre o corpo, e isto pode provocar a violência. Educar contra a barbárie ganha sentido quando de forma humanizadora, que tem a intenção de resgatar nas pessoas a sensibilidade em relação ao outro para uma convivência civilizada.
A educação é entendida por Kant, como sendo ativamente humanizadora do homem. A educação compreende fundamentalmente dois momentos: a disciplina (parte negativa) e a instrução (parte positiva). O homem necessita da sua própria razão. E para isso uma geração educa a outra, no intuito de desenvolver as disposições naturais existentes no ser humano. O homem deve desenvolver a sua moralidade em direção ao bem.
Ambos defendem a educação pela humanização do ser humano, promovendo a superação da selvageria e barbárie que o homem sem educação, moral e ética é capaz de promover.
A educação é desafiadora, e deve ser pensada de forma que o homem seja disciplinado, torne-se culto, torne-se prudente ou adquira civilidade, e por fim cuidar da moralização. Temos que quebrar paradigmas da educação tradicional, educação pela disciplina através da dureza, que antigamente era explicita através da punição, de castigos, e hoje ainda predominante só que de maneira mais camuflada, através da repressão psicológica. É preciso através do esclarecimento, despertar a consciência sobre as ações e as conseqüências que podem gerar estas ações. Pois estamos acostumados a presenciar a falta de valores morais e éticos entre os jovens em nossas escolas, praticantes de violências físicas, assim como psicológicas.
Buscamos com a nossa prática a formação de cidadãos críticos, éticos e que sejam capazes de uma boa convivência, respeitando ao próximo, sem discriminação, que deve ser estimulada desde a primeira infância.

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