Estádio sensório-motor
Dura em média os dezoito primeiros meses de vida. Neste estádio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio, que vão se modificando gradualmente. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento. Neste estádio a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. A inteligência sensório-motora se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem.
Estádio pré-operatório
Inicialmente (mais ao menos aos dois anos), a criança fala sozinha porque o seu pensamento ainda não está organizado, só com o decorrer deste período é que começa a organizá-lo, associando os acontecimentos com a linguagem na sua ação.
Esse período vai, em média, até mais ou menos os sete anos de idade.
A linguagem é o resultado de um longo processo de construção, a partir daquilo que ela faz (ênfase na ação do sujeito) com aquilo que ela traz (reflexos e capacidade de adaptação, desdobrando-se em suas funções de assimilação e acomodação) na interação com o meio. Também chamado de estádio da Inteligência simbólica.
A capacidade simbólica da criança pré-operatória é marcada pelo egocentrismo já que, em função da ausência de um equilíbrio entre os processos de assimilação e acomodação, há muitas assimilações deformantes da realidade ao eu, sem uma acomodação completa.
O pensamento é marcado pela intuição, pela percepção imediata da realidade e não pela lógica. Outro aspecto central do pensamento pré-operatório é a irreversibilidade do pensamento, a criança não consegue converter relações (como na relação direita-esquerda) que para ela são absolutas.
Estádio operatório concreto
Este período vai em média dos sete aos doze anos. A construção da capacidade de reversibilidade do pensamento assinala o ingresso nas operações concretas. A criança torna-se, então, capaz de realizar operações, ou seja, ações mentais, embora limitadas pelo mundo real.
A criança começa a ver o mundo com mais realismo. Neste período, são construídas as operações lógicas de classificação e seriação, conservações físicas de substância, peso e volume e conservações espaciais de comprimento, área e volume espacial e conceito de número. Apesar da criança já conseguir efetuar operações corretamente, precisa ainda do contato com o concreto.
Estádio operatório formal
Com idade dos doze aos dezesseis, aproximadamente.
Por ocasião da passagem para o operatório formal há uma inversão nas relações entre o real e o possível. No operatório concreto o real é quem define as possibilidades. Agora, neste estádio pode raciocinar com hipóteses e não com objetos. O operatório-formal permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias. O adolescente neste estágio formula os resultados das operações concretas sob a forma de proposições e continua a operar mentalmente com elas. A adolescente pensa e formula hipóteses, estas capacidades vão permitir-lhe definir conceitos e valores.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Oi Maria de Lourdes, nessa postagem tu trazes aspectos importantes dos estádios de desenvolvimento propostos por Piaget. É interessante que possas refletir também qual a contribuição dessas aprendizagens para o teu trabalho como professora. Consideras a teoria piagetiana dos estádios pertinente? Como ela pode te ajudar a pensar nas aprendizagens dos teus alunos e na tua prática docente? Abração, Sibicca
Postar um comentário