quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Resumo do filme" O menino selvagem"


O filme “O Menino Selvagem de Averyon”, de Fraçois Truffaut, baseado num caso verídico, conta a história de um menino de 11ou 12 anos que foi abandonado ainda pequeno pelos pais numa floresta na França, que não sabia falar e nem comportar-se como humano, por estar em contato com animais.
O menino foi encontrado por uma mulher que colhia bagas, que ao ouvir um barulho nos arbustos imagina ver um animal estranho e foge, quando é um ser humano. Um menino que andava que nem quadrúpede, subia nas árvores, comia bolotas e raízes, se coçava igual aos animais e tinha um olhar vago. A camponesa busca ajuda de caçadores e cães farejadores que capturam e levam o menino. O menino selvagem é entregue aos cuidados de um aldeão que o protege da curiosidade dos camponeses. O menino de olhar vago, não se interessava por nada e a sua face não mostrava qualquer tipo de sensibilidade, e como não falava não conseguia se comunicar.
No colégio de surdos-mudos, para onde é levado, durante os recreios, foge das outras crianças e esconde-se debaixo de montes de folhas. Quando o pretendem deitar, refugia-se debaixo da cama, onde dorme. Se chove fica alegre, corre e salta ao som da chuva. Maltratado pelas outras crianças, e interpelado pelos adultos, o menino selvagem tornava estridente a sua diferença radical. O professor Itard e o professor Pinel decidem retirá-lo da instituição. Foi observado pelo célebre psiquiatra da época, Pinel, que o considerou como um idiota irrecuperável e sugere que o levem para a instituição de deficientes mentais. Percebe-se aí a discriminação da sociedade, que viam os surdos como “anormais” ou “doentes”; com a necessidade de esconder as crianças naquela época. Segundo Pinel, o selvagem havia sido esfaqueado e abandonado pelos pais por ser anormal.
O jovem médico Itard ao contrário de Pinel considerou-o uma criança que teve o infortúnio de passar seis ou sete anos na floresta em isolamento total e, apenas como resultado desse isolamento parece hoje ser idiota. Supunha ter sido abandonado por ser filho ilegítimo e por isso um estorvo. Propõe-se tentar educá-lo e, nesse sentido, pede à Administração que lhe confie. Leva-o para casa e para a habitação civilizada. Assim, na sua casa com a ajuda da sua governanta que cuida dele com carinho, iniciou a difícil tarefa de desenvolver as faculdades dos sentidos intelectuais e afetivas de Victor, nome pelo qual passou a se chamar o menino. A governanta corta-lhe as unhas, o cabelo, veste-o e ensina-o a comer com a colher, enfim a se civilizado.
O professor ensina procurando situações em que sua memória visual seja posta a serviço da aprendizagem da escrita e da leitura. E sempre quando acerta o professor procura recompensá-lo com um copo de água.
Vai ampliando o grau de complexidade em suas atividades, e Victor, as vezes saturado da repetição, recusava-se a continuar, então se jogava no chão, derrubava o que tinha em mãos, irritava-se como forma de não corresponder ao processo de aprendizagem. Assim o professor colocou-o de castigo, no entanto repensando sua atitude, Itard tira-o do castigo e o acalma, uma das poucas demonstrações de afeto do professor com Victor. Itard amplia o grau de dificuldade das atividades. Com o passar do tempo o rapaz foi interiorizando e aprendendo o que lhe foi ensinado, principalmente quando era algo que ele gostava. Por exemplo, para pedir o leite, como ele gostava, com algumas tentativas consegue formar a palavra leite, corretamente. Porém este processo de aprendizagem, aconteceu com atividades mecanizadas e repetitivas.

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